Depois de mais de meia década de obras, atrasos e frustração da população da Grande Belém, o projeto do BRT Metropolitano pode, enfim, sair do papel — e começar a rodar. A grande novidade? Uma empresa privada acaba de assumir oficialmente a operação do sistema.
A Artran (Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará) homologou a concessão à BRT Amazônia S.A., subsidiária da Next Mobilidade, que agora fica responsável por planejar, operar e gerenciar o tão aguardado sistema que ligará Belém, Ananindeua e Marituba.
O anúncio reacende a esperança: será que, desta vez, vai?
A promessa do governo estadual é colocar parte do sistema em funcionamento ainda em dezembro de 2025, em fase experimental, com operação plena prevista para 2026. O que já se sabe é que a nova operadora tem um pacote robusto nas mãos:
0,8 km de corredor exclusivo na BR-316
13 estações de embarque e desembarque
Passarelas, terminais integrados, painéis informativos e sistema de bilhetagem digital
E uma frota de 265 ônibus novos — sendo 225 a diesel com motor Euro 6 e 40 elétricos
Com investimento total superior a R$ 400 milhões, o projeto é financiado em parte com recursos do FGTS, por meio da Caixa Econômica Federal.
Mas não é só sobre ônibus: a nova concessionária também cuidará do sistema de bilhetagem eletrônica, rastreamento dos veículos por GPS, atendimento ao usuário e implantação de tecnologias que prometem revolucionar o transporte público metropolitano.
“É o passo definitivo para tirarmos esse projeto da fila das promessas e colocarmos no rol das entregas históricas da gestão pública”, declarou um representante da Artran.
Agora, a expectativa gira em torno de uma única pergunta:
depois de tantos anúncios, datas remarcadas e prazos estendidos… será que chegou a hora da virada?