A liderança brasileira da COP30, sob o comando do embaixador André Correa do Lago, estendeu um convite formal ao setor privado para se integrar à agenda de ação da conferência climática. O comunicado, divulgado nesta sexta-feira, destaca o papel crucial das empresas na aceleração da transição para uma economia verde.
Correa do Lago enfatizou a importância de envolver diversos atores, incluindo entes subnacionais, universidades, sociedade civil e o empresariado, para garantir que a COP30 seja focada na implementação de soluções concretas.
A carta reconhece o progresso já alcançado pelo setor privado na área ambiental, mas enfatiza a necessidade de um avanço ainda maior. A presidência brasileira da COP30 acredita que a conferência pode ser um ponto de inflexão, definindo novas regras para o mercado global e abrindo novas oportunidades de negócios.
A transição energética é citada como exemplo, com investimentos globais superiores a US$ 2 bilhões e a criação de 35 milhões de empregos em 2023. A diretora executiva da COP30, Ana Toni, ressaltou que muitas empresas já estão engajadas nessa transformação.
Para o embaixador Correa do Lago, ao perceber as oportunidades econômicas, o setor privado pode superar as expectativas dos governos na busca por soluções climáticas.
A presidência brasileira da COP30 sugere que o setor privado se baseie no primeiro Balanço Global do Acordo de Paris, apresentado na COP28. As iniciativas já propostas pelo setor estão sendo mapeadas e otimizadas para facilitar o monitoramento das ações.
Um Grupo de Ativação será responsável por reunir iniciativas pioneiras em uma plataforma chamada Celeiro de Soluções. Cada iniciativa será acompanhada por um Plano de Aceleração de Soluções, com sugestões de ajustes de políticas, parcerias e financiamento.
A presidência da COP30 acredita que a colaboração público-privada pode responder à urgência da crise climática e criar oportunidades para todos. O comunicado conclui com um convite para que CEOs, investidores e empresários participem da COP30 em Belém, reconhecendo os desafios logísticos da região, mas reforçando a importância simbólica da Amazônia.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br